O primeiro dia de Pense Moda foi muito produtivo, um dos primeiros palestrantes da noite, David Mallett, hairstylist francês das principais divas do cinema e passarelas do fashion world, contou um pouco sobre a sua trajetória, afinal, são 25 anos de histórias fantásticas. David, já produziu campanhas para Dior, Chanel, Givenchy, Hermés e outras renomadas marcas do mercado da moda e, com seu dom criativo e ousado utiliza novos recursos imagéticos para repaginar as criações de beleza. Abusa de elementos andrógenas, looks extremamente out e in, com mescla de texturas e cores que passam pela paleta dos loiros e rosas cuidadosamente sobrepostos nos comprimentos dos fios.
Mallett tem um salão próprio em Paris, com nada mais, nada menos, que 400 m2 de puro glamour e, atualmente, atende as principais figuras relacionadas à moda. Suas inspirações trazem referências de formas e cores de Vidal Sassoon, como também pitadas de idéias embasadas no cinema, fotografias, musica, culturas e imagens armazenadas na caixa de pandora, do que já foi tendência há muito tempo atrás.
Achei bem interessante a observação dele sobre o link que envolve beleza X crise econômica: o bad moment da crise atingiu a moda, atingiu as indústrias, as grandes potencias, mas não atingiu o mercado da beleza. Segundo ele, 2008/ 09 foi marcado com upgrade de serviços prestados nesta área... acredito eu que mesmo dentro do furacão econômico, a sociedade, especificamente as mulheres, se apoiaram no apelo estético para manter a vaidade e status perante ao momento.
Mudando de assunto, Cecilia Dean, editora da Visionaire Magazine também deu um show mostrando que é possível aliar elementos de luxo, criativos e totalmente exclusivos na produção de conteúdos de moda. Vestida de Marc Jacobs e sandálias de Calvin Klein, a simpática Cecilia contou toda a trajetória da revista e deu algumas dicas de como formatar um produto midiático exclusivo, embasado 100% em elementos artísticos e culturais. Desde o primeiro exemplar, a Visionaire não tem anunciantes e sim, apoiadores que bancam o projeto de cada edição, assinando o comprometimento com os conceitos criativos do projeto.
Segundo ela, ainda fazendo referencias à crise, como foi dito anteriormente por Mallett, os EUA sentiram sim, na pele, cada queda do império. “Esta foi uma boa lição para todos, os produtores, midias, marketeiros e todos os envolvidos na cadeia de moda, tivemos que aprender criar coisas boas, excelentes com o pouco dinheiro em mãos. Esta é a hora em que vemos quais são os verdadeiros talentos e quais foram as alternativas encontradas para driblar o problema, sem cair do salto”, disse Dean.
Ela enfatiza também, o poder de compartilhar a criação e indaga: quem nunca construiu algo incrível a partir de outra idéia tão genial quanto? A mídia precisa ser mais colaborativa e ajudar a explorar o processo de criação no mundo. Outro ponto importante levantado por ela está diretamente ligado a falta de criatividade e interatividade nos sites de moda. Dean afirma que toda cadeia deve explorar a net wave de forma criativa para que não repliquem simplesmente conteúdos do offline e, sim, ofereçam ao leitor, que hoje já é considera havy user, informações necessárias, envolventes e engajadoras. “O buzz é conseqüência!!, completa.
Seguindo o link, a mesa seguinte composta por Alê Farah(Filme fashion), Andrea Bisker (diretora do WGSN), Paulo Caruso (O2), Fernand Alphen (F/nazca) e Alexandre Mathias (Estadão ) discutiu o futuro da MÏDIA DE MODA. Claro que o principal tema foi: Internet! Produção de conteúdo especializado, vídeos realmente originais, colaboração, buzz na rede, mídias sociais e a filosofia do “faça vc mesmo”, foram algumas das questões levantadas pelos palestrantes.
Alphen, da F/nazca relata que a agencia realizou recentemente uma pesquisa sobre colaboração no universo online, a qual compara dados interessantes. Em 2008, 38% das pessoas colaboravam de alguma forma na rede, produzindo conteúdo, por meio de comentários, atualização de info nas redes sociais ou replicas de links já publicados na mídias. Atualmente, 55% delas já estão inseridas neste neste contexto e incorporaram a necessidade da imersão digital. Os dados dizem ainda que as pessoas que mais colaboram estão distantes dos grandes centros, sendo que, em primeiro lugar a região Norte e, posteriormente, cento Oesnte, Nordeste, Sudeste e região Sul.
Os palestrantes abordaram também a importância de seduzir o leitor e questionam que a rede é uma plataforma que revela novos talentos. Falaram dos formatos das propagandas e mensuraram que as estratégias usadas hoje, por muitos, ainda é precária e que não servirá para a geração Y, Z, W, assimilar qual a real mensagem e identidade do produto.
E o bla, bla, blá sobre mkt/mídias sociais e, conseqüentemente, futuro da e na web continua...
Enfim, sair do anonimato e conquistar um espaço ao sol acredito que seja o sonho de muitos que lidam com a internet e desejam construir dela e da criação pessoal, novos formatos midiáticos.
Um comentário:
Muito chique e fashion...babei,
bjus
Postar um comentário